Pós-modernismo, na filosofia ocidental, é um movimento do final do século XX caracterizado por um amplo ceticismo, subjetivismo ou relativismo; uma suspeita geral da razão; e uma aguda sensibilidade ao papel da ideologia na afirmação e manutenção do poder político e econômico – O pós-modernismo é em grande parte uma reação contra as suposições e valores intelectuais do período moderno na história da filosofia ocidental.
O fim da Segunda Guerra Mundial (1939–45) viu uma Europa de cidades devastadas e dezenas de milhões de mortos.
No cerne da cultura europeia estava a consciência de que havia testemunhado as atrocidades mais terríveis. O desejo modernista de uma racionalidade funcional foi reduzido à capacidade de cometer assassinatos em massa sem paixão; o desejo de libertação por meio da tecnologia terminou na eficiência industrial dos campos de extermínio nazistas como Auschwitz.
Como um movimento de movimentos, foi interpretado como um problema na crise da linguagem, crise da cultura (Beebe 1973, Bradbury e McFarlane 1976, Calinescu 1977, Luft 1980), ou crise de identidade (Le Rider 1990, 1993). Conforme expresso na literatura lírica, narrativa e dramática, as formas modernistas de envolvimento revelam seu movimento responsivo em direção a novas formas de apreender o mundo e o eu humano – Os traços da arte modernista na poesia, nos romances e nos gêneros dramáticos desenvolvidos no contexto de uma “crise de consciência”.
“A crise da existência europeia”, segundo Edmund Gustav Albrecht Husserl (um matemático e filósofo alemão), “só pode terminar de uma de duas maneiras: na ruína de uma Europa alienada de seu sentido racional de vida, caída num ódio bárbaro do espírito; do espírito da filosofia, por meio de um heroísmo da razão que superará definitivamente o naturalismo”(1989: 39).
A historiadora da arte Rosalind Krauss (também crítica, teórica e professora de arte moderna e contemporânea na Columbia University) caracterizou a arte do período do final dos anos 1960 e 1970 como: Diversificada, dividida e fracionada. Pluralismo significa que podemos desenvolver diversas experiências, baseadas em diferentes opiniões e abordagens num contexto democratico. Essas diferentes direções possíveis começam a entrelaçar as alternativas num mosaico sistêmico viável.
O MAYA principle “Most Advanced, Yet Acceptable.” de certa forma nasceu do pluralismo: Por volta dos anos 50 Raymond Loewy (1893-1986) – reconhecido por muitos como o pai do design industrial – desenvolveu e utilizou este grande princípio no sentido de dar aos usuários design avançado, mas não avançado demais – com a finalidade de ser aceite – partindo da oferta do mercado.
No fundo este é um exemplo de resposta de negócio refletido a partir do contexto de diversificação de opiniões e abordagens que existia nesta altura.
Dieter Rams, é um ícone do design na sua vertente funcionalista – liderou e estabeleceu diretrizes para o movimento nesta altura. O design funcionalista é um movimento de design em que a forma do objeto é dirigida pelo propósito do objeto e não por sua estética. E assim como ele existem muitos outros autores desta época apoiadores desta abordagem que no fundo era a sucessão de todo o modernismo. No entanto, no caso de Verner Panton já se conseguem identificar conceitos focados no comportamento dos indivíduos, talvez na esperança que, ao alterar a experiência de design de um indivíduo, pudesse desencadear um efeito dominó – indo por isso, para além da função, e proporcionando uma experiência emocional.
Publicação desenvolvida no âmbito da cadeira de História do Design Industrial na Escola Superior de Artes e Design
Referências – Sites:
Burroughs, M. (2018, September 10). How Verner Panton Changed the Way the World Sees Furniture Design. AnOther. https://www.anothermag.com/design-living/11113/how-verner-panton-changed-the-way-the-world-sees-furniture-design.
Chadgar, A. (2015, May 24). Dieter Rams and the Relevance of Functionalism. Medium. https://medium.com/@amarchadgar/dieter-rams-and-the-relevance-of-functionalism-65bf7c1af064.
Dam, R. F. (n.d.). The MAYA Principle: Design for the Future, but Balance it with Your Users’ Present. The Interaction Design Foundation. https://www.interaction-design.org/literature/article/design-for-the-future-but-balance-it-with-your-users-present.
Jola Skulj. (n.d.). MODERNISM AND THE CRISIS OF CONSCIOUSNESS.
Wikimedia Foundation. (2021, April 7). Edmund Husserl. Wikipedia. https://pt.wikipedia.org/wiki/Edmund_Husserl.
Referência – Imagem:
Panton (n.d.). Reddit. https://i.redd.it/bjs5s8ob5yt51.jpg.